resenha levitt 1960
O conceito de “miopia em marketing” criado por Levitt revolucionou o modo de se pensar os negócios ao defender que a falta de uma visão de longo prazo e centrada no cliente eram as verdadeiras causas da decadência de uma empresa ou setor de atividade, não a saturação do mercado.
Baseadas apenas na atual conjuntura do mercado e orientadas para o produto, não para a conquista dos clientes e satisfação das suas necessidades, as empresas não teriam vida longa em um mercado cada vez mais desenvolvido, maduro e competitivo
Para Levitt, as empresas que experimentavam uma rápida expansão, na verdade, estavam passando somente por um ciclo auto-ilusório de ascensão, o qual invariavelmente seria seguido por uma queda despercebida. Este ciclo, geralmente provocado por quatro crenças isoladas ou combinadas, torna a empresa míope e, assim, pouco competitiva no longo prazo.
A primeira crença que conduz a empresa à miopia é a de que o desenvolvimento é assegurado pelo crescimento natural da população e, portanto, não há necessidade de se preocupar em expandi-lo. Este pensamento praticamente elimina o papel do marketing dentro do negócio.
Outra crença comum é a da superioridade competitiva, ou seja, de que não há substituto para concorrer com o principal produto da indústria. Assim, o provincianismo suicida em matéria de produto sobrepõe-se à destruição criativa que privilegia a satisfação das necessidades do cliente.
A fé exagerada na produção em massa e nas vantagens da queda rápida dos custos unitários à medida que a produção aumenta também cria uma lógica que conduz à miopia: o sistema de produção em massa é visto