Resenha - José Carlos Reis
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José Carlos Reis tenta mostrar as principiais características do Positivismo bem como sua ligação com a filosofia da história, embora a escola tenha postulado a recusa total da “história especulativa”. O autor inicia tratando da escola metódica Alemã, precisamente de seu representante; L. V. Ranke. Alemanha e França, em termos de escola histórica, foram as principais herdeiras da crítica filológica do século XVI e XVII. Nesses dois países desenvolveu-se, quase simultaneamente, um grande desenvolvimento da pesquisa histórica, baseada nos métodos dos exegetas bíblicos. Ranke vai absorver toda essa atmosfera de crítica textual, afirmando ser possível, a partir de tal, uma história completamente objetiva. Ranke acreditava ser possível, por meio de um método, reviver o passado tal qual aconteceu. O historiador seria capaz de mergulhar no passado apesar da influência do presente e da subjetividade, fazendo assim emergir um conhecimento real, objetivo. A ciência histórica deveria ser completamente neutra e imparcial, do mesmo modo que as ciências da natureza. Para atingir um conhecimento com estas características, o historiador alemão advogava um método de crítica histórica. Ranke absorveu a atmosfera filosófica de sua época, sobretudo as idéias de Hegel. Tal como este, acreditava que “a história era o palco da manifestação do Espírito”. Chegar-se-ia a essa compreensão quando se atentasse para os documentos oficiais, de onde brotavam naturalmente os fatos históricos. Por isso a importância do método, para eles, eles narravam fatos, tal como aconteceu, de acordo como eles pensavam. Desta forma, Ranke, mesmo sem saber, combina história científica e filosofia da história (hegeliana).
A França é o segundo país onde a história erudita se espalhou, ocorrendo também as mesmas características; A única diferença consiste na incorporação da filosofia Iluminista. “Não é o espirito que produz a história, mas o povo nação e os seus lideres instalados no Estado” a escola histórica