Resenha Invasões Bárbaras
Rémy Girard é um professor universitário que está com uma doença terminal. Internado num hospital público ele espera a volta de seu filho Sébastien, que opera numa financeira em Londres, faz de tudo para melhorar os últimos dias do pai. Sebastian, após uma briga com um pai, reflete sua condição de futuro órfão. Ele corre contra o tempo para que Rémy tenha um final digno. Para isso, ele tem de subornar o sindicato e a direção do hospital para melhorar a sua estadia e consegue a conivência da polícia para comprar heroína para aliviar o sofrimento de seu pai, procedimento indicado por um amigo médico.
O filme questiona a eutanásia, a globalização, drogas para fins terapêuticos, conflito entre religiões, política, corrupção e principalmente a permanência dos valores, os quais estão acima de qualquer ideologia e o personagem principal, é um doente em estado terminal, que sofre demasiadamente e ao se perceber próximo da morte, a vida toma um significado diferente, pois cada atitude que faz está próxima de não ser repetida nunca mais.
Ele pode se locomover, mas tem dificuldades. Sua família tem condições para fazê-lo se sentir bem, seu filho detém elevado poder financeiro. Contudo, num determinado momento, ele toma a decisão de morrer e comunica isso a família que aceita a decisão e se despede de Rémy fraternalmente, sem contestar a sua decisão. Rémy aceita morrer em um momento que ele julga adequado e feliz, almeja ter uma boa morte. O filme As invasões Bárbaras é um exemplo de carinho e, sobretudo de força e coragem diante da morte. Retrata um drama pessoal para representar a desconstrução de ideologias nas mudanças de um todo. O confronto pessoal de ideologias está no reencontro de um pai e seu filho