Resenha critica do filme as invasões barbaras
RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: “AS INVASÕES BARBARAS”
O filme As invasões Bárbaras é um exemplo de carinho e, sobretudo de força e coragem diante da morte. Retrata um drama pessoal para representar a desconstrução de ideologias nas mudanças de um todo. O confronto pessoal de ideologias está no reencontro de um pai e seu filho. Rémy Girard é um professor universitário que está com uma doença terminal. Internado num hospital público ele espera a volta de seu filho Sébastien (Stéphane Rousseau) que opera numa financeira em Londres. O choque entre o baby boomer que acreditou e desacreditou em todos os ismos de sua época com o yuppie é inevitável. Apesar disso, Sebastian faz de tudo para melhorar os últimos dias do pai. Remove-o do leito compartilhado e evita ainda que volte para o corredor do hospital. Sebastian, após uma briga com um pai, reflete sua condição de futuro órfão. Ele corre contra o tempo para que Rémy tenha um final digno. Para isso, ele tem de subornar o sindicato e a direção do hospital para melhorar a sua estadia e consegue a conivência da polícia para comprar heroína para aliviar o sofrimento de seu pai, procedimento indicado por um amigo médico. Possibilita ainda, sua irmã se comunicar com o pai; paga a visita de alunos que esnobaram Rémy em sua despedida da universidade por motivos de saúde e convoca os amigos antigos para lhe fazer companhia. O grupo de amigos e parentes que passa os últimos dias com Rémy, é formado por professores, antigas amantes, a ex-mulher e um casal gay. Nestes encontros são memoráveis os diálogos da geração que acreditou nas mudanças e que agora convive com guerras preventivas em nome da paz. O filme questiona em doses variadas o antiamericanismo, o holocausto indígena, a eutanásia, a globalização, a discriminação das drogas e principalmente a permanência dos valores, os quais estão acima de qualquer ideologia. Principalmente a amizade entre pais e filhos