Resenha identidades do brasil
O que é identidade social? O que caracteriza a identidade pessoal? O presente artigo reporta-se em seu texto intitulado Cultura Historiográfica: A Construção da Identidade Nacional, que propõe uma reflexão teórica brasileira na ótica de José Carlos Reis, tendo como objetivo, apresentar hipóteses de estudo sobre história através da análise contextual, intertextualidade e epistemológica que têm se dedicado a esta temática. Palavras - Chaves: Identidade - Historiografia - José Carlos Reis
O autor argumenta que, Varnhagen defende a presença portuguesa no Brasil e faz o elogio da colonização portuguesa, e é compreensivo com os seus erros e despotismo. Isto quer dizer, que a Independência não foi prejudicial porque garantiu a continuidade do Brasil colonial no nacional, ou seja, um Brasil português. É interessante observar que a Independência não interrompeu o passado e sim melhorou-o. É evidente que o Brasil continuava português, imperial e independente. Com isto, a nação brasileira seria planejada e construída pelo Estado Imperial, autoridade indiscutível, absoluta. Dentro desta perspectiva, a Independência não foi problemática porque o Estado não foi comprometido, porque continuava nas mãos da dinastia de Bragança. Desta maneira, pode-se entender, que o Estado brasileiro seguirá o modelo do Estado português. Nesse sentido podemos perceber que a unidade deverá ser preservada a qualquer custo, enquanto que o Estado será o centro da nação gigantesca e ao mesmo tempo assegurará a ordem, a lei, a religião, a unidade. Percebe-se por essa leitura que o estado continuará a ação civilizadora da Europa branca. De toda forma a uniformidade cultural e a unidade nacional se fizeram com repressões sangrentas. Diante disto, Reis comenta o seguinte:
"A diferença entre Varnhagen e Freyre nesse aspecto talvez se explique pelas datas das suas obras: em 1850, Varnhagen formulava uma visão ainda portuguesa do Brasil, enfatizando a ação da família real;