Resenha Hotel Ruanda
‘Hotel Ruanda’ é um filme elaborado com base em um genocídio ocorrido no país no ano de 1994. Caracterizado como uma guerra civil que durou de Janeiro a Dezembro desse ano, o genocídio em Ruanda resultou na morte de aproximadamente um milhão de pessoas.
Durante a conferencia de Berlim foi definido que Ruanda se tornaria domínio da Bélgica. No entanto a Alemanha já havia iniciado o imperialismo sobre a região e, desta forma, tomou o controle de Ruanda até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando em sua derrota, o domínio sobre o território passou efetivamente para a Bélgica. Após anos de exploração sobre o país, a Bélgica se retirou de Ruanda e decidiu, por razões estéticas (estatura, pigmentação mais clara da pele, e nariz mais fino) escolher os Tutsis, que representavam aproximadamente 15% da população, para governar o país, excluindo assim 85% da população, representados pelos Hutus do processo socioeconômico. Após a total retirada Belga do País os Hutus conquistaram o poder, quiseram vingança dos anos de repressão. Dessa forma, Tutsis e Hutus se dividiram respectivamente em Frente Patriótica de Ruanda e milícia Interhamwe.
É neste contexto histórico que se baseia o filme “Hotel Ruanda”, o qual relata a história de um homem Hutu chamado Paul Rusesabagina, que trabalha como gerente de um Hotel quatro estrelas denominado Des Mille Colline, que contrariou os princípios Hutus e abrigou 1268 refugiados Tutsis e Hutus durante o conflito.
Após mais de cem dias no hotel, alguns refugiados conseguiram autorização para sair de Ruanda, mas a milícia Interhamwe descobriu e preparou uma emboscada que matou a quase todos. Passados alguns dias, os abrigados receberam a notícia de que os rebeldes tutsis conquistaram metade da cidade e que propuseram acordo aos generais hutus. Desta forma, acompanhados pelas forças de paz da ONU, os refugiados do hotel conseguem, enfim, chegar até o campo