Uma das principais diferenças entre a Gestão Social e a Gestão Tradicional reside no processo de tomada de decisão de cada uma. Enquanto processo gerencial, a forma tradicional utiliza estrutura de hierarquias em que a vontade de um indivíduo, em tese mais qualificado tecnicamente, se sobrepõe ao dos demais, causando, portanto, com que as contribuições destes para o processo sejam quase que unicamente de apoio operacional. Além disso, as ações deste tipo de gestão estão voltadas à busca de objetivos econômicos, levando ao desenvolvimento heterogêneo e fortalecendo setores do ambiente social mais alinhadas com a racionalidade instrumental da organização. E contrapartida, o método da Gestão Social consiste de envolver o maior número possível de indivíduos da organização na tomada de decisão, que acontece por meio de interações políticas entre estes em espaços públicos. A consequência desse processo altamente democrático é que as decisões tomadas tendem a ser muito mais representativas das necessidades reais de todos os envolvidos na organização, causando um desenvolvimento homogêneo do ambiente social. A inovação destas atitudes reside justamente no fato de aumentar a participação, e consequente contemplação pelas políticas adotadas, de setores menos favorecidos da organização nas discussões democráticas. As características singulares da Gestão Social, no que diz respeito aos seus objetivos, seus métodos e seu ambiente, entre outros, fazem com que sua prática seja uma experiência nova e desafiadora para os gestores provenientes da formação tradicional, ainda alinhada com os paradigmas utilitaristas, econômicos e de hierarquia verticalizada. Por esta razão, se observa a ascendência de linhas de formação alternativas que visam a melhor formação dos gestores para o Terceiro Setor. Em contraste com a finalidade econômica da Gestão Tradicional, a Gestão Social tem como propósito sanar alguma falta ou desequilíbrio no âmbito social, podendo até incorporar uma