resenha genealogia da moral
Nietzsche diz que é necessário começar a pensar em uma nova genealogia da moral, algo que seja diferente da genealogia que os psicólogos ingleses da época utilizavam mesmo estes sendo os representantes dela.
Ele inicia a falando da época onde se iniciaram seus pensamentos referentes à moral. Fala das estimulações que teve quando criança e dos ideais que ele seguia.
“Meus pensamentos sobre a procedência de nossos preconceitos morais - pois disso se trata neste escrito polêmico - receberam sua primeira, parcimoniosa e provisória expressão naquela coletânea de aforismos que leva o título Humano, Demasiado Humano.”
“Eram, no principal, já os mesmos pensamentos que retomo nas presentes dissertações: - esperamos que o longo intervalo lhes tenha feito bem, que eles se tenham tornado mais maduros, mais claros, mais fortes, mais perfeitos!”
Nessa primeira parte já é notado que enquanto criança ele levava em consideração a moral teológica, buscando o mal em Deus, e mais tarde tomou ela como objeto de estudo e também a desprezou. Deixa então esse tipo de moral e começa a levar em consideração a moral de tudo que está ao seu redor, no mundo.
“Felizmente aprendi a tempo a separar o preconceito teológico do moral, e não procurei mais a origem do mal atrás do mundo. Algo de escolaridade histórica e filológica, inclusive um inato sentido seletivo em vista de questões psicológicas em geral, transmudou em breve meu problema neste outro: sob que condições inventou-se o homem aqueles juízos de valor, bom e mau? e que valor têm eles mesmos? Obstruíram ou favoreceram até agora o prosperar da humanidade? São um signo de estado de indigência, de empobrecimento, de degeneração da vida? Ou, inversamente, denuncia-se neles a plenitude, a força, a vontade de vida, seu ânimo, sua confiança, seu futuro?”
Primeira Dissertação – “Bom e mau” “bom e ruim”
Ele começa repreendendo os sujeitos que espalhavam os princípios da moral na