Resenha “fábrica de mentiras”
Para isso, muda a aparência, a postura, o modo de falar, enfim, camufla a identidade com o propósito de fazer parte da própria redação do jornal que pretende desmascarar, e que já o conhece e, obviamente, o odeia. Hans Esser está agora no papel de cúmplice do periódico que distorce fatos para vender e estar perto do poder, mesmo que custe a exposição humilhante de pessoas simples.
Tudo começa com a entrevista com o diretor do Bild, Schwindmann. Nervoso em que algum cacoete o possa denunciar, Gunter segue o conselho do amigo Alf, ex repórter do jornal Bild, que o encoraja a mudar de postura: em vez do homem humilde, um homem altivo e obstinado. Para obter o emprego, Wallraf, agora na pele Hans Esser, com cinismo, bajula que “vê no Bild o mesmo princípio da publicidade: concentra-se no que se quer dizer, reduz-se tanto quanto possível para que a mensagem seja transmitida, formula-se o mais importante de maneira mais concisa possível... Sempre li o Bild com certa admiração”.
As primeiras impressões vêm do interesse por banalidades e histórias sensacionalistas,