Estudante
(Resenha)
José A. Lutzenberger
A agricultura foi inventada entre 10 e 15 mil anos atrás, por volta de 3 mil anos teve uma evolução para culturas camponesas que eram localmente adaptadas e sustentáveis. Muitas dessas culturas permaneciam intactas até o final da Segunda Guerra Mundial. Hoje em dia as poucas que permaneceram estão sendo desestruturadas.
A indústria com o seu grande poder econômico, está se apropriando de uma grande parte da atividade dos agricultores, estão tomando dos pequenos tudo o que gera lucros seguros, ficando o agricultor com diversos riscos, como por exemplo, uma má colheita ou o risco de perder dinheiro.
O argumento para os que defendem a agricultura moderna é que esta é a única maneira eficiente para acabar com a fome do mundo. Pura ilusão.
O principal problema da agricultura moderna é que ela não é sustentável. Infelizmente, a agricultura moderna obtém sucesso exaurindo o solo e substituindo a fertilidade perdida pela substituição artificial, fazendo uso de fertilizantes químicos.
Na agricultura no campesinato, o sistema de produção, manipulação e distribuição de alimentos, diferentemente da agricultura moderna, produziam seus próprios insumos. Antigamente a fertilidade do solo era mantida com esterco entre outras técnicas que hoje em dia estão começando a serem mais utilizadas, só que em uma escala muito pequena em comparação com a agricultura moderna.
Os economistas convencionais de hoje tratem as fábricas de máquinas e insumos, como se nada tivessem a ver como alimentos, o que gera grande concentração de poder nas grandes corporações, e não mais eficiência na agricultura.
É inexplicável que a agricultura moderna seja a forma mais eficiente de combater a fome no mundo se, por exemplo, para produzir – nas granjas - 1 Kg de frango vivo é necessária a produção de 2,2 Kg de ração, sendo que metade dessa ração utilizada pode ter sua base utilizada na alimentação humana; levando-se em conta que 50% de