resenha freud
Aluno: Wanderson Alves 100127452
Freud mal estar na civilização
O principal problema que Freud coloca nesta obra é como a humanidade não consegue alcançar a felicidade, e como responder essa questão. A referida obra se caracteriza por uma larga utilização dos conceitos de ego, libido, narcisismo, neurose, psicoses, sadismo e outros que se determinam e se entrelaçam. Portanto, seu caminho é o da psicologia, da psicanálise. A civilização tem como objetivo principal regular os impulsos sociais, sendo construída sobre uma renúncia aos instintos poderosos. Ela pressupõe exatamente a não satisfação, pela opressão, destes instintos.
Para Freud a sociedade consegue dominar o instinto de violência dos ser humano enfraquecendo-o, desarmando-o e estabelecendo no seu interior um agente para cuidar dele. Trata-se do sentimento de culpa que Freud atribui duas origens: uma que surge do medo de uma autoridade, e outra, posterior, que surge do medo do superego. É identificado três pontos causadores desse mal estar 1) o poder superior da natureza, 2) a fragilidade de nossos próprios corpos e 3) a inadequação das regras que procuram ajustar os relacionamentos mútuos dos seres humanos na família, no Estado e na sociedade. Para as duas primeiras fontes, a explicação é de que: “nunca dominaremos completamente a natureza e o nosso organismo corporal, ele mesmo parte desta natureza, permanecerá como uma estrutura passageira, com limitada capacidade de adaptação e realização”.
Como o autor nos diz na obra “criada pela necessidade externa, e o poder do amor, que fez o homem relutar em privar-se de seu objeto sexual – a mulher – e a mulher, em privar-se daquela parte de si própria que dela fora separada – seu filho. Eros e Ananke [amor e necessidade] se tornaram os pais também da civilização humana”. Tudo indicava que a humanidade caminhava num sentido – o da felicidade, entretanto é difícil compreender, ressalta Freud, como esta civilização pôde agir