Resenha formulação de políticas Públicas

A administração pública no Brasil sempre esteve vinculada ao conceito de publico. Desta forma os vários paradigmas existentes para seu estudo e análise podem ser verificados com base nas categorias analíticas de lócus e focus. Sendo que o lócus determina o território a ser estudado e analisado, definindo os fenômenos empíricos, e o focus é a perspectiva que subsidia as discussões, análises e compreensões no campo da temática, utilizado em determinado “enfoque especializado”. Sendo assim, é possível resumir o referencial analítico (focus) em três etapas paradigmáticas: O paradigma público-estatal (1930-1979), a crises dos anos 80 e o paradigma emergente. Já o lócus foi subdividido em 5 grandes etapas, a saber: 1) Vertente pós-burocrática de gestão pública, 2) os impactos da globalização no aparelho do estado, 3) As condicionantes do ordenamento político-econômico nacional e internacional, 4) as novas tendências no ciclo de políticas públicas e 5) a gestão de políticas sociais no Brasil e na América latina.
Inicialmente em se tratando das 3 etapas paradigmáticas (focus), pode-se auferir que o paradigma público-estatal apresenta duas vertentes bastante interessantes no que se refere à relação estado-sociedade. A primeira vertente, conhecida como matriz estadocêntrica tem como característica o intervencionismo estatal sendo o estado o principal articulador do desenvolvimento econômico. A segunda vertente e a burocrática, com origens na divisão social do trabalho preconizada por Adam Smith e pelos trabalhos de Weber, definindo as principais características de uma burocracia.
Por conseguinte o segundo paradigma, A crise dos anos 80, promoveu uma articulação com diferentes áreas de conhecimentos, como por exemplo a ciência política. No entanto devido a fracassos administrativos a AP entra nos anos 80 com crise paradigmática, não conseguindo dar respostas as demandas sociais e superar demandas de ordem gerencial. O mais importante diagnostico desse período foi formulado