Resenha Formas Musicais
“JÚLIO DE MESQUITA PENTEADO”
Curso de Composição e Regência II
Alí Saboy Tavernesse
André Teles
Gabriel Francisco Lemos
Gabriel Scavassa Borin
Guilherme Afonso
Vitor Djun
Resenha – Small Ternary
São Paulo 2014
Small Ternary
CAPLIN, E. William. Classical Form – A Theory of Formal functions for the Instrumental Music of Haydn, Mozart and Beethoven. Nova Iorque: Oxford University Press, 1998.
Mesmo sendo uma das formas clássicas mais importantes da composição tonal, a denominação desse tipo de composição ainda encontra terreno fértil na discussão teórica. Formada por três seções formais principais, a exposição (A) seguida de uma seção contrastante (B) e finalizada por uma reexposição (A’), essa forma pode ser chamada de pequena ternária ou binária circular.
Considerando que Caplin admite a nomenclatura de pequena ternária, defensores dessa classificação argumentam que a existência da seção contrastante central desempenha, do ponto de vista da organização melódica e harmônica, um papel fundamental de diferenciação entre as seções. De forma a significar estruturalmente tanto o A em relação ao B, quanto B em relação à A’. Por outro lado, defensores da binária circular argumentam que A é distinto de B, mas que ambos se desenvolvem numa mesma duração, portanto criando uma forma simétrica. Outros argumentam que B só se sustenta formalmente pela existência de A’, portanto, em contraposição à A, a estrutura ainda se manterá binária. Discussões taxonômicas à parte, vejamos como a análise de cada uma dessas seções contribuem na compreensão dessa forma, mesmo que do ponto de vista reflexivo, ambas as nomenclaturas apontem para informações válidas acerca do funcionamento estrutural dessa forma.
EXPOSIÇÃO
A exposição do pequeno ternário se mostra como uma estrutura cujos elementos apresentam um alto grau de interdependência. Há ênfase na harmonia tonal, unidade (amarrada ou