resenha filme o homem que mudou o jogo
O filme de Bennett Miller conta a história de Billy Beane (interpretado por Brad Pitt) e o modo como comandou o Oakland Athletics em 2002. Na ocasião, ele perdeu três de seus melhores jogadores e se viu obrigado a partir para métodos bastante heterodoxos para remontar o elenco sem ter dinheiro para grandes contratações. A história, real, se baseia no livro Moneyball, do jornalista Michael Lewis.
Explicar as minúcias dos tais “métodos heterodoxos” é uma tarefa complicada. Primeiro, porque seria maçante até para alguns amantes do beisebol. Segundo, porque consumiria uma quantidade razoável de tempo com didatismo exagerado e o filme não é um épico como “Senhor dos Anéis”, nem um clássico como “…E o Vento Levou”, e tampouco junta uma dupla de queridinhos do público como Leonardo DiCaprio e Kate Winslet para demorar três ou quatro horas.
Ficar só na parte superficial seria inviável, pois destruiria o espírito da história. Sem mencionar as novas formas de interpretar estatísticas que os A’s adotaram na sua política de mercado, a história fica sem sentido. Ou melhor, fica tola, descartável. Seria a história do “time coitadinho que junta um bando de renegados e, com muito amor ao esporte, união e determinação, surpreendem a todos”. Metade das páginas do IMDB tem ligação com filmes com esse enredo.
“O Homem que Mudou o Jogo” conseguiu navegar entre esses dois rochedos. Não é superficial a ponto de incomodar os puristas e amantes do beisebol, tampouco abusa de referências técnicas só