Resenha do filme ‘’Germinal’’ O filme ‘’Germinal’’, obra escrita por Emilie Zola, e passada as telas dos cinemas em 1993 pelo diretor Claude Berri, retrata claramente as condições precárias de trabalho na França, no contexto do capitalismo. Descreve assim, o contraste existente entre burguesia e operariado, onde este detém apenas sua força de trabalho, que deve ser vendida ao burguês, que por sua vez contém os meios de produção, e por isso exerce dominação sobre a massa trabalhadora. O que prevalecia era a poder de uma classe sobre a outra. O longa metragem se passa numa pequena vila francesa, onde o carvão é o principal produto de exploração. São mostradas as minas onde é retirado o mineral, e nela vê-se como o local era desestruturado e perigoso para integridade física dos trabalhadores. Crianças são obrigadas a trabalhar desde muito cedo para ajudar no sustento da família, as mulheres dedicam-se tanto ao trabalho doméstico, quanto ao trabalho na mina. Além desse ambiente precário, é mostrado também toda a miséria de uma população, que sobrevive com salários medíocres, onde reina a fome, as mortes precipitadas e as doenças. No começo da trama, surge na vila, um dos personagens mais críticos da história, um homem, que necessitado, emprega-se na mina e entra em contato com o ambiente de repúdio em que vive a grande maioria da população. Étienne Lantier, trás consigo ideias revolucionárias trazidas de outros países capitalistas, onde os operários já protestam por melhores circunstâncias de vida. Hospeda-se na casa de outro operário, Toussaint Maheu, interpretado por Gérard Depardieu, que se tornará um dos lideres de um grande movimento grevista. O jovem idealista fomenta nos demais trabalhadores uma ideia revolucionária, e deixa claro que os burgueses exploram sem procedentes velhos, mulheres e crianças, e que os salários estão muito abaixo do carecido pelas famílias. Já insatisfeitos com anos de exploração, a massa