Resenha filme germinal
Antes de expor as questões retratadas no filme que nos ajudaram a compreender as fontes formais e materiais do direito do trabalho, é necessário destacar pontos que consideramos de extrema relevância para o sucesso de nossa analise. Para tanto há que ser observado, previamente, o contexto histórico onde a trama ocorre. O acender das luzes iluministas no século XVIII de onde adveio, inclusive, a Revolução francesa pretendia trazer uma nova perspectiva de justiça celebrando um ideal de liberdade, igualdade e fraternidade. Importa-nos no momento ressaltar o primeiro desses ideais, a liberdade. Ocorre que, após o sucesso da revolução francesa foi atribuída aos cidadãos uma liberdade nunca antes experimentada presumindo que todos eram, de fato, iguais. Neste passo, considerava-se todos os homens livres para estabelecer relações empregatícias com empregadores cujo poder econômico era consideravelmente superior. Se os ideais iluministas de um lado trouxe-nos a clareza da razão, por outro, escureceu a relação do ser humano com o ser humano. Assim o sistema capitalista avança de forma cada vez mais brutal, de modo que a importância de um homem se mede pelo seu capital ou pela sua capacidade de produção. O filme se passa em um momento onde se vislumbra os primeiros sinais dos movimentos grevistas como uma reação aos abusos e ferocidade por parte dos patrões em relação aos trabalhadores de uma mina de carvão na França no século XIX. Diante do exposto, até o momento, podemos dizer que o filme nos mostra com propriedade algumas das fontes materiais do direito do trabalho, em cenas focadas em discursos infamados tomados de uma emoção que convida aos espectadores a refletir sobre as conquistas da classe trabalhadora ao longo do tempo, além do que foi necessário para romper com o sistema baseado na opressão por parte da classe dominante em