RESENHA DO FILME: GERMINAL
O filme Germinal lançado no ano de 1993, baseado em um romance, nos mostra a realidade da França do século XIX, caracterizado pelo modelo de produção capitalista e pela ainda recente Revolução Industrial, modelo que trouxe riqueza aos burgueses e miséria aos trabalhadores. O cenário do filme se desenvolve em uma mineração, na cidade de Montsou na França, onde o predomínio de trabalho era a extração das minas de carvão.
A vida daqueles trabalhadores era marcada por situações de extrema pobreza, por isso, até as crianças tinham que trabalhar. O salário insignificante não garantia o sustento da família, “trabalhavam o dia para ganhar a janta”, dentro de casa os armários permaneciam vazios. Mulheres desesperadas, sem ter com o que alimentar seus filhos, se humilhavam mendigando por alimentação na mansão dos burgueses.
Os trabalhadores viviam à custa de pão e água, enquanto que os donos de produção tinham a mesa farta e, não estavam nem um pouco preocupados com os operários, só pensavam no acúmulo de capital. Esse cenário deixava evidente a diferença entre as classes sociais, onde a classe dominante eram os burgueses e a classe dominada os trabalhadores.
As cenas apresentadas no filme também retratam a visão de Karl Marx em relação aos salários, para Marx os trabalhadores não eram pagos como deveriam, pois o lucro ou a mais-valia era apropriada pelos capitalistas. O proletariado vendia sua força de trabalho aos capitalistas burgueses, donos das minas de carvão, por salários baixíssimos, que mal davam para a sobrevivência da família.
Nas minas o trabalho era pesado, sob condições inadequadas e exploratórias, longas jornadas de trabalho que chegavam até 16 horas por dia, sem intervalos para descanso, saiam de suas casas de madrugada e só retornavam a noite. Além do tratamento sub-humano, as estruturas físicas também eram precárias, pessoas morriam soterradas pelo desmoronamento dentro dos túneis que trabalhavam.
Uma mudança no