Resenha eu, robô
Alane Meneghetti Wagner[1]
Eu, Robô é um conjunto de contos do escritor nascido na Rússia e naturalizado americano Isaac Asimov, o livro é constituído por nove contos, baseados nas três leis da robótica, o que diferencia o modo como os robôs eram descritos nas histórias de ficção científica. As três leis, criadas pelo próprio autor, são:
1 – Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2 – Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3 – Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.
Manual de robótica 56ª Edição, 2058 A.D. Em uma entrevista a Dra. Susan Calvin da U.S. Robôs, lembra fatos de seu passado como “psicóloga” de robôs, os quais compõem os contos. No primeiro conto, Susan narra a história de Robbie, um robô programado para brincar e cuidar de uma garotinha chamada Gloria. Mas a mãe da menina, Sra. Weston, não suportava mais a ideia de ter sua filha criada por uma máquina, pois a garota não queria mais brincar com as outras crianças. E os vizinhos estavam começando a falar mal da família, por causa do medo que tinham do robô. Então certo dia, Grace e George Weston, devolveram o robô a U.S. Robôs, embora o marido fosse contra a decisão da esposa, Glória inconsolável chorou e ficou triste por dias. Com o tempo, ela ficara cada vez mais calada e sombria, não ria e não comia mais. Decidiram então viajar para Nova York, para que a filha finalmente esquecesse o robô, Gloria concordou com a ideia, pois pensava que a viagem era para procurar Robbie. Porém, a tentativa não deu certo, pois a garota sempre lembrava e pensava nele. Então em uma visita agendada à fábrica de robôs com seus pais, Gloria atravessa o caminho de uma máquina montadora e, instantes antes