Resenha Eu Robô
O filme se passa em 2035, nos Estados Unidos, e descreve a vida após a criação de
robôs que façam parte do cotidiano dos humanos. A trama tem início quando o cientista
criador dessas máquinas é encontrado morto, após se jogar (ou ser lançado) pela janela de
seu escritório. Assim, o detetive Spooner (Will Smith) entra em cena para tentar solucionar
sua misteriosa morte. Spooner sempre foi contrário à forma como os robôs eram tratados,
e sempre desconfiou de que pudessem apresentar um risco a vida humana. Seu trauma
começou quando sofreu um acidente automobilístico e os cálculos do robô designado a salvá-
lo apontaram que ele teria mais chances de sobreviver do que uma garotinha que também
havia se envolvido no acidente, e assim o robô o salvou ao invés de salvá-la. Spooner sempre
acreditou que mesmo com todo o avanço tecnológico, o comportamento de um robô nunca
seria igual ao de um humano, pois falta o fator psicológico e humanitário. Dessa forma, uma
máquina se utilizaria somente de fatores matemáticos para definir seu comportamento,
ignorando fatores emocionais e cognitivos.
A grande reviravolta do filme se dá quando os robôs, programados para seguirem as
chamadas “Três leis fundamentais” (1. Um robô não pode por um ser humano em perigo. 2.
Um robô deve obedecer as ordens dos humanos, desde que isso não entre em conflito com a
primeira lei. 3 Um robô deve sempre se proteger, desde que isso não entre em conflito com as
duas primeiras leis.), entram em colapso devido a uma mudança de programação do robô
central VIKI, criando assim uma guerra entre homem e máquina.
O filme trás a tona a discussão sobre até onde o avanço tecnológico pode ser benéfico,
e a partir de onde a inteligência artificial se mostra perigosa. Saber equilibrar as consequências
dos avanços e das inovações no meio tecnológico e seus benefícios é fundamental no meio em
que estamos inseridos.