Resenha "Escrever da Esquerda Para a Direita" de Umberto Eco

O texto “Escrever da esquerda para a direita” de Umberto Eco traz o conteúdo das palestras que o autor intitula “Confissões de um jovem romancista”, que, em tom de oralidade, narra seus procedimentos para escrever um bom romance.
Justificando o título da palestra, Eco se diz considerar um jovem e promissor romancista apesar de seus 78 anos (na data do texto), pois havia iniciado sua carreira como escritor desse gênero há apenas 28 anos atrás, com apenas cinco livros publicados, e com pretensões de escrever muitos outros ainda.
O autor, afirma ter começado a escrever romances na infância, onde primeiro inventava o título, depois fazia todas as ilustrações, e só depois começava a escrever sua história, que logo era interrompida, pois, como escrevia a mão e com letra de forma, não demorava ficar exausto e desistia nas primeiras páginas.
Questionando sobre a escrita criativa, Eco expõe a distinção entre o escritor criativo, aquele que compõe textos criativos, como um romancista ou um poeta, e o escritor não criativo, aquele que apenas registra os fatos. Para isso, cita que a diferença de tais escritas está verdadeiramente nas várias reações que os escritores podem ter às interpretações de seus textos, assim, os escritores criativos, após publicar um romance, não deve desafiar a interpretação do outro, nem de encorajar, ou sugerir alguma, enquanto o escritor não criativo, após publicar um texto científico, por exemplo, pode dizer que estava errado, ou ainda indicar um caminho de como ele quer que seu texto seja lido para melhor compreensão. Eco define então a diferença de escrita criativa e escrita científica assim: enquanto a escrita científica fornece uma tese particular ou busca respostas para um problema, a escrita criativa representa toda incoerência e contradições da vida, instigando seus leitores arriscarem uma solução.
Umberto Eco diz que ao longo dos anos saciou sua paixão secreta pela narrativa através das histórias que contava a seus filhos e