Resenha Doutor Fantástico

Resenha do Filme Dr. Fantástico
Diretor: Stanley Kubrick
Aluno: João Pedro Ayres Corrêa e Castro
Disciplina: Contemporânea II

O filme Dr. Fantástico, dirigido pelo mesmo diretor de Laranja Mecânica, Stanley Kubrick, mostra-nos um arsenal incrivelmente inteligente de humor negro e deboche político, o que é típico do diretor. Essa produção anglo-americana é uma deliciosa sátira à Guerra Fria e ao clima de tensão nuclear existente à época. O personagem General Jack Ripper é um subproduto da tensa sociedade americana do pós-guerra, sendo assim a representação em carne e osso da propaganda anticomunista propalada pelos EUA e seus aliados. O General tem uma teoria que os comunistas estão tomando lentamente a mente da população americana das mais variadas formas. Uma delas é através da fluoretação da água, que segundo ele é a maior conspiração comunista já enfrentada pelo seu povo, pois com isso os comunistas estariam infectando a mente dos americanos. Uma clássica sátira à paranóia vivida na Guerra Fria. Ripper decide portanto mandar um sinal de bombardeamento nuclear na URSS para aviões de guerra sem o consentimento dos EUA, alegando que o governo americano estava cego. Seu ajudante, o Tenente Mandrake (Peter Sellers) tenta de todas as maneiras persuadir o insano superior, mas no final o mesmo acaba se matando e não revelando o código de interrupção do plano. A partir desse momento o filme se divide em três cenários: o primeiro é o Salão da Guerra, onde o presidente dos EUA (também interpretado por Sellers) e os demais membros do Estado, incluindo os militares como o viril General Turgidson, decidem como resolver o problema causado por Ripper. O segundo é a base onde encontra-se Ripper e Mandrake e o terceiro é dentro de um dos aviões nucleares. Ao saber da intransigência de Ripper, o Presidente dos EUA chama o embaixador russo e liga para o presidente soviético, cujo nome é Demetri. A