Resenha do texto “O projeto da escola: uma tarefa comunitária, um projeto de viagem compartilhado” de Miguel Ángel Santos Guerra
O autor usa a metáfora de uma viagem para falar a respeito do projeto pedagógico de uma escola. Assim, como em um barco um projeto deve seguir uma única direção, cada seção deve ter uma função, o capitão coordena toda a equipe e a tripulação deve ter autonomia para organizar a viagem.
Devemos ver a escola como uma unidade funcional de planejamento, intervenção, avaliação e mudança. A escola deve ser um projeto compartilhado, desenvolvido por consenso de todos os seus membros. Para se elaborar um projeto em comum e coerente é necessário compartilhar os códigos utilizados, de modo que ele seja entendido por todos. Existem quatro códigos que devem ser compartilhados, são eles: código semântico, código ideológico, código ético e código de conceitos.
Conhecer o contexto no qual a escola está inserida é essencial para elaboração de um bom projeto pedagógico, “conhecer o os mares pelos quais se navega e as peculiaridades do barco no qual a viagem é realizada”. Dentre os vários tipos de contexto, podemos citar o contexto cultural (a escola e o projeto precisam ter um enfoque “anti-hegemônico”), o contexto imediato (nível socioeconômico, peculiaridades culturais, expectativas acadêmicas e configuração familiar) e por fim, o contexto institucional (prescrições legais, recursos humanos e materiais, tempo disponível e espaços utilizados).
Para a elaboração do projeto é necessário a participação de toda a comunidade educacional: a direção, os professores, os alunos, as famílias, os funcionários e os representantes da prefeitura como protagonistas. Algumas exigências organizativas, como tempo para o planejamento; coordenação vertical, horizontal e integral (projeto compartilhado, onde todos participam de sua elaboração); autonomia institucional e pressuposto econômico (é necessário dinheiro para execução) fazem parte do desenvolvimento de um bom projeto.