Resenha do texto “Ofício, arte e ornamento na arquitetura moderna”
Na virada do século XIX para o XX, a busca de uma arquitetura que representasse o espírito dos novos tempos se dava a partir de vários dilemas: a relação entre tradição e a ordem social emergente, o problema do ornamento na arquitetura, a relação entre artesanato e indústria.
Muito se discutiu, e então entraram em um consenso: as proporções devem ser claras, as paredes planas, expressão direta e primazia do espaço, síntese entre a arquitetura e a arte, entre o ornamento e o plano. Com o desenvolvimento dessa nova cultura artística e arquitetônica, os ornamentos começam a decair. A partir do Art Nouveau, o ornamento passa a se fundir com o plano e se transforma em revestimento. É então que em um consenso passam a buscar a beleza apenas na forma.
Com Le Corbusier, Walter Gropius e Mies van der Rohe, surgem propostas que integram os conceitos antigos com a estética engenheira, cubismo e arte abstrata. Levando em conta agora a combinação de volumes, linhas e planos. A representação contemporânea agora é feita através de formas abstratas passíveis de reprodução em série. A aproximação entre os diversos campos artisticos tendem todos para um único dialogo: a estrutura formal. Com a arte se afastando do cotidiano, distancia também as pessoas comuns do campo artístico.
A arquitetura moderna vai cada vez mais tomando espaço e recupera a ligação com o artesanato. A arte volta a se humanizar, e as superfícies passam a ser expressivas através de pedras, barro e madeira, ou seja, textura. A arquitetura agora passa a estabelecer uma relação com seu entorno, defendendo um funcionalismo mais subjetivo, psicológico, como o uso de pedras por Le Corbusier. Essas construções tomam um caráter mais doméstico, mais aconchegante.
Ari Marangon, foi um arquiteto que realizou uma produção em sua cidade, diferente da que era conhecida pela população, e demonstrou um grande domínio na composição moderna. Junto aos planos