Resenha do livro história social da criança e da família
O capítulo que estudamos inicia comentando sobre a precisão que temos com relação a nossa idade e acontecimentos, fato que espantaria um homem do século XVI ou XVII, época na qual a identidade civil não tinha o peso e a importância existentes hoje. Porém, o nome já não era suficiente para a caracterização individual, então foi necessário anexar um sobrenome para servir como referência de lugar ou tradição de família.
A importância da noção de idade começou a ser firmada quando reformadores religiosos impuseram essa condição a partir do séc. XVI, apesar de os dados mais exatos pertencerem ao século XVIII. Nessa mesma época encontram-se os retratos de família que continham registros da idade das pessoas, assim como registros das Histórias da família em diários, que relatavam casamentos, nascimentos, mortes e demais eventos significativos. Outro costume comum foi o de gravar nas mobílias, talheres, copos e demais objetos as iniciais de seus donos. As idades da vida eram comparadas com temas populares como signos do zodíaco e as quatro estações e correspondiam a etapas biológicas bem delimitadas e serviam de referência para indicar atividades, tipos físicos, funções e modos de vestir dos indivíduos. Primeiro vinha a idade dos brinquedos, depois a da escola, do amor ou dos esportes, da guerra e da cavalaria e, finalmente, as sedentárias dos homens da lei, da ciência ou do estudo. Até o século XVII a infância era muito confundida com a adolescência e a figura do velho era desprezada e caracterizada pelo recolhimento, devoção e caduquice. Já atualmente temos uma maior suavidade quando definir essas pessoas, empregando termos como “senhor” ou “senhor muito bem conservado”. Pode-se dar ênfase no fato de que cada século tem sua idade privilegiada, o que exprime a opinião e o modo de como a sociedade vê e valoriza a vida em cada época.
Em seguida, o texto aborda os aspectos da imagem da criança na mente da sociedade dos séculos X à XIX. A