Resenha Ordem M Dica E Norma Familiar
Autor: Jurandir Freire Costa
Resenha: Antonio Carlos Nisoli Pereira da Silva
O Brasil colonial possuía cidades praticamente abandonadas á sua própria sorte, uma vez que a “direção maior” da colônia vivia no continente europeu, preocupadas apenas em extrair riquezas oriundas da colônia, tais como: exploração do pau brasil, ouro, e outras riquezas, sem nenhuma contrapartida, seja educação, segurança interna ou apoio contra invasões externas.
No final do século XVIII, a população brasileira crescia e a “elite” da época: como negociantes, homens das letras, militares, funcionários públicos, religiosos ou pessoas de outras camadas sociais passaram a discordar do modus operandi e do fato da metrópole portuguesa extorquir as riquezas do reino, subestimando a capacidade de entendimento da população, que a cada vez mais deixava de ser ingênua.
Face à negligência com o povoamento do país colonizado, diversos episódios de sabotagem e rebeldia política ocorreram e Portugal passou a se preocupar muito com a questão, uma vez que poderia perder “a galinha dos ovos de ouro”.
As cidades passaram a ser palco de grandes conversas políticas e revoltas contra aquela situação, que restava insustentável. Além das revoltas internas, havia ameaças de invasões externas e a metrópole não dava nenhum respaldo á população brasileira. Diante da ausência de atenção do Estado português, a sociedade brasileira, que vivia no Brasil até meados do século XVIII tinha como eixo central o poder familiar, pois que a iniciativa privada dos colonos foi a responsável pela ocupação do país. A família, sem apoio estatal, foi responsável por seus destinos, sobrevivência e segurança. Foram três séculos de governo e comando em que a metrópole mantinha a distância constante, o que permitia aos moradores da colônia, na prática, total autonomia na gerência das terras e riquezas. A coroa limitou-se a interferir nos excessos. Dificilmente a coroa poderia cobrar alguma