Radiofármacos
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
QMC 807 - DISCIPLINA DE SEMINÁRIOS EM QUÍMICA
Radiofármacos
“Síntese e Aplicação”
Acadêmico: Felipe Boz Santos
Área de concentração: Química Inorgânica
Santa Maria, 13 Maio de 2013
Introdução
O termo “magic bullets” (bala mágica) foi criado pelo ganhador do Nobel de Medicina de 1908, Paul Ehrlich, na tentativa de explicar um conceito o qual diz que cada doença estaria vinculada a um determinado alvo molecular, e que para combater a enfermidade precisar-se-ia encontrar “a” droga que se ligasse a este alvo e somente ele, deixando intactas as células saudáveis do organismo [1]. Com o avanço da química, bioquímica e principalmente da física nuclear, este conceito vem destacando-se cada vez mais, auxiliando no combate de doenças como o câncer, tendo como seu carro chefe a medicina nuclear.
A medicina nuclear faz uso da radioatividade emitida por alguns núcleos químicos (radionuclídeo) para diagnosticar, através de imagens, e também tratar de forma terapêutica, determinadas doenças de forma pouco invasiva. O princípio básico geral consiste em lincar um radionuclídeo, em uma molécula que é biologicamente ativa em um determinado sítio molecular do organismo, criando assim um radiofármaco, e a partir da captação da radiação liberada pelo decaimento radioativo deste radionuclídeo, acompanhar a ação desta molécula no organismo por imagens, ou até mesmo realizar o tratamento das células tumorais por bombardeamento desta radiação. Os tipos de radiações envolvidas nestes processos são a gama (γ), o pósitron (β+), estas responsáveis por geração de imagem, e radiação ionizantes (α, β- ou elétrons Auger) para terapia[1].
Radionuclídeo x Radiofármaco
Nem todo o radionuclídeo pode ser usado em um radiofármaco. Este deve apresentar características físicas nucleares específicas como o tipo de radiação emitidas (γ, β+, α, β-, elétrons Auger), tempo de meia