Resenha do texto razões e possibilidades de uma psicologia hospitalar
Neste trabalho, manterei o foco nas particularidades da psicologia hospitalar enquanto clínica, refletindo e discorrendo sobre as cinco características destacadas pelo autor no texto, por achá-las importantes e enriquecedoras acerca do tema estudado nesta disciplina: Psicologia Hospitalar. O primeiro ponto trazido por Valentim é acerca do objeto de intervenção dos profissionais psi - onde se enquadram psicólogos, psiquiatras e psicanalistas - do hospital. Este será o indivíduo, que tem seu percurso de vida atravessado por um acidente ou por uma patologia que se agrava, internando-se numa instituição hospitalar com vista a um tratamento orgânico. A psicologia hospitalar tem, aqui, sua singularidade, pois sua atuação se dá com um dano fisiológico e num ambiente específico, numa instituição onde o paciente permanecerá por determinado tempo. O setting que o psicólogo ocupa nesta instituição é diferenciado, pois pode-se dar em leitos, enfermarias; e não numa sala privada nos moldes clássicos da psicologia. O tempo, também não é, como nas clínicas, determinado; nem quanto às datas, nem quanto à duração da conversa. Estas características nos fazem ver que a psicologia hospitalar, realmente, não pode ser tratada como mais uma clínica, mas deve ser analisada em relação às suas particularidades. Todos estes pontos nos levam a crer que no hospital, não há como o atendimento psicológico se dar como numa clínica tradicional. Outra característica importante é que a demanda pelo atendimento no hospital não se dá a priori como na clínica tradicional. Voltando ao objeto primordial dos psicólogos que trabalham no hospital, podemos dizer que obviamente nesta instituição diversas pessoas podem ocupar o lugar de objeto de intervenção do psicólogo, como os parentes do paciente ou os integrantes da equipe de saúde, mas o objetivo prioritário do psicólogo é sempre o