Resenha do texto "Habitação e cidade: ordenação do espaço no mundo clássico"
No presente texto o autor disserta acerca da construção das cidades no mundo antigo, desde as civilizações egípcia e mesopotâmica às civilizações greco-romanas. Durante o texto o autor discute conceitos e categorias essenciais para compreensão das noções de ordenamento e arquitetura. A estrutura do texto possui uma divisão temporal, desde a influência das primeiras cidades e suas concepções no século V a.C. até às cidades maiores e mais fundamentadas. O texto não possui subtítulos nem tópicos, isto se deve ao seu curto tamanha (vinte e duas laudas). Segundo Marshall, a cidade é um lugar de união de símbolos, ideias, imagens, portanto um amálgama de culturas, memória e monumentos. Estes são as fontes do passado que permitem o estudo das civilizações que viveram durante um período. Segundo Marshall a união entre o estudo da cidade e da cultura em se tratando do mundo antigo pressupõe à priori a categorização do mito. Este sendo, portanto, uma relação entre fenômenos da memória e da linguagem. E desta forma o mito quando categorizado pode trazer à tona concepções reais e concretas das culturas. Para Marshall, a compreensão da cidade enquanto cultura implica na percepção dos símbolos da ordenação. Estes são criados pelos homens e difundidos em forma de discursos, que carregam práticas simbólicas e culturais relacionadas ao espaço, que são próprias de cada tempo. Como por exemplo a noção de ordenação espacial que foi difundida através dos símbolos escritos, das instituições, etc. Desta forma o ato de construir e edificar na antiguidade possuía em si um significado. Este ato possuía características míticas e ritualísticas de poder onde o metafísico se unia ao material, no qual os sacerdotes ou reis eram protagonistas. Marshall ao falar desta relação entre o mito e a construção das cidades dá um exemplo no qual o sol e a