amador aguiar
Aos dezesseis anos, fugiu de casa, abandonou o campo e foi em busca de melhores condições de vida. Chegando na cidade de Bebedouro, o dono de um restaurante, vendo aquele rapazote com as mãos calejadas, ofereceu-lhe comida, mas ele respondeu que antes queria um emprego.
Não demorou muito e ele conseguiu emprego numa tipografia. Foi nessa tipografia que lhe aconteceu um acidente quando operava a máquina de impressão: perdeu o dedo indicador da mão direita.
Em 1926, com 22 anos de idade, conseguiu um emprego de Office boy em Birigui, numa agência do Banco Noroeste.
Começou, assim, num posto humilde, sua carreira como, bancário, passando a acalentar a ideia de crescer profissionalmente e tornar-se um homem poderoso. Com muito esforço e determinação, numa carreira fulminante, em pouco mais de dois anos já se tornara gerente.
Ele atribuía o êxito de suas conquistas muito mais a um problema de asma que lhe acometia do que mesmo à sua ambição. Em consequência desse mal, passava noites sem dormir, aproveitando, assim, para ler tudo sobre as atividades bancárias, absorvendo todas as informações importantes para o seu crescimento dentro e fora do ambiente de trabalho.
Dessa forma, ele superou funcionários mais experientes e mais letrados do que ele. Em 1943 ele, em sociedade com alguns amigos, adquiriu a Casa Bancária Almeida, um banco falido de Marília/SP. Começava a se concretizar o projeto de tornar-se banqueiro. A primeira providência foi dar um novo nome à instituição: Banco Brasileiro de Descontos, o Bradesco.
O sócio escolhido para dirigir o novo negócio morreu repentinamente