Resenha do texto gestão de si
A gestão de si mesmo
Na sociedade do capital, em que “tempo é dinheiro” os indivíduos estão sendo convocados cada vez mais a assumir um comportamento de gestor de si mesmo. Isso implica saber gerenciar sua vida pessoal, profissional, bem como suas relações, tempo livre, educação de maneira rentável. Para um mundo cujo modelo prima pela produção e consumo – e é preciso saber aqui que o capitalismo é mais que um modelo político-econômico – tudo é negócio e por isso o ser humano deve ser transformado em empreendedor para se adequar às exigencias do mundo produtivista.
Nessa lógica, o indivíduo passa a ter um papel social que se sobressai a todos os outros: passa a ser, antes de tudo, um trabalhador. Desde criança, este papel se destaca como um devir. A gestão da família se volta à “produção” de um filho empregavel, alguém que, no futuro, será um trabalhador bem sucedido e evita, a todo custo o fracasso. Para tanto, o investimento começa desde cedo. O tempo livre da criança é preenchido com aulas de inglês, esporte, etc. A todo momento é motivado, incentivado e o fracasso, quando ocorre, é visto como uma barreira, que, quanto antes contornada melhor (daí o excesso de medicalização de crianças com “problemas de aprendizagem”).
Os adultos mantém o seu proprio tempo livre como um tempo de aprimoraento, de estímulo intelectual. Tudo para estar apto ao mundo que lhe exige maxima eficiência e máximo desempenho, com um sorriso no rosto e alegria de viver.
Na vida conjugal, também há negociações e acordos. O autor do texto pontua a existencia de uma relação conjugal contratual e iguaitária - que a nosso ver só existiria em um mundo ideal, quase impossível (vide vida real com salários desiguais, atribuiçao da criaçao dos filhos ainda dirigida à mullher, etc). Mas isso não impede que a evocação de direitos iguais, ou pelo menos similares por uma das partes seja fato recorrente nas relações conjugais, especialmente quando diz