Resenha do texto de maria rita kehl
KEHL, M. R. Direitos Humanos: a melhor tradição da modernidade. In: VENTURI, G. (org.)
Direitos Humanos: percepções da opinião pública: análises da pesquisa nacional. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, 2010. 2- RESENHA Quando se faz pensar em direitos humanos, sempre nos vem à cabeça aquela definição de que direitos humanos são invioláveis, indivisíveis, intransferíveis, dentre outros. Porém é interessante indagar: onde se aprende sobre direitos humanos? Como se podem fazer direitos humanos? Onde eles estão presentes?
No último ano do século XX, a Fundação Perseu Abramo realizou uma pesquisa abrangente a respeito das ideias, valores, preferências e costumes entre jovens residentes em regiões metropolitanas de todo o Brasil. Chamou-me a atenção a resposta majoritária à pergunta sobre qual a instituição tida como mais confiável para os entrevistados: igreja, escola, governo, polícia, família etc. A maioria expressiva dos jovens respondeu que a instituição em que mais confiavam era a família. (KEHL, 2010) Na realização de sua pesquisa, a autora pode identificar um ponto importante sobre onde se inicia esse conhecimento sobre direitos humanos. Após concluir que jovens achavam a família a intituição mais confiável, pode-se dizer que naturalmente, a família é a base, o padrão de confiança, do que é certo para o sujeito. Jovens, que estão no processo de construção de sua subjetividade, tendem a dar muita importância no que é aprendido dentro de seus lares. A partir do momento em que esses jovens começam a construir sua identidade é que eles vão descobrindo, e até mesmo questionar o que foi ensinado pela família Segundo Kehl, mesmo dez anos após essa pesquisa, a crença do poder formador e protetor da família ainda é confirmada. Kehl ainda questiona o fato de que a família sendo uma pequena célula da vida privada, em que valores universais a própria família irá basear-se para conhecer e ensinar seus membros que