Resenha do poema "um índio"
A música toda reflete sobre o fato de não termos prestado atenção a todo ensinamento indígena que foi perdido na extinção desses povos. Os conhecimentos acerca da terra, das plantas, dos animais que foram soterrados pelos "tratores" da "dita" civilização.
O ponto central defendido pela letra se refere ao conhecimento que está debaixo de nossos olhos, mas que não aceitamos por ser simples demais, o óbvio citado na música.
A música parte da premissa de uma profecia indígena que afirma que quando o último índio for exterminado o mundo se destruirá. Caetano usa o índio como símbolo de natureza, de sujeito humano que consegue viver na natureza e interagir com ela, que consegue estar nela sem se sentir rebaixado ou inferiorizado. Nesse momento podemos dizer que ele é contrário à toda ideia civilizada, inclusive a cristã que afirma estar o mundo a serviço do homem.
É, justamente, essa sua integração ao natural que torna esse índio
"Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias"
Apesar do trecho abaixo dizer que o índio estará preservado em sua constituição física, isso não quer dizer que ele terá sido mumificado. Mas, se a gente lembrar o "Eram os Deuses Astronautas?", pode-se tratar de uma civilização da qual os índios são descendentes. Mas, não sejamos tão literais.
"Um índio preservado em pleno corpo físico em todo sólido, todo gás e todo líquido em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico"
Isso tem que ser compreendido de forma simbólica. Tudo isso quer significar que quando o último índio for exterminado, nós sofreremos as consequências. Ou seja, o último índio só será exterminado quando todas as reservas naturais forem também destruídas pela ganância humana. E aí, nós faremos como os jovens que dizem "eu devia ter ouvido meus pais". Deveríamos