resenha do livro O Principe, de Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel ingressou na carreira pública e nela permaneceu por 14 anos, e dessa forma pôde observar e estudar o comportamento dos governantes.
Ele escreveu seus pensamentos de forma “crua e sem floreios” e os envia numa carta destinada ao príncipe Lorenzo II de Médici, a qual ele afirma ser um presente – “Considerado que não lhe posso fazer maior presente que lhe dar a faculdade de poder, em tempo muito breve, aprender tudo aquilo que em anos e à custa de tantos incômodos e perigos, hei conhecido” – e por intermédio dela, pleiteando um cargo em seu governo, - assim que o possuísse.
A obra é, de fato um ensinamento de como chegar ao poder; como se manter nele; o que se deve e o que não se deve fazer; e etc. Além de, tratar do assunto sem rodeios, às claras, de maneira como ele realmente é – por pior que ele seja.
O autor descreve os diferentes tipos de Estado e como cada um afeta a forma de governo do príncipe. Ele cita os seus problemas e dificuldades e, logo em seguida apresenta uma solução para eles; além de dar conselhos, afirmando serem a solução para os governantes.
Dá dicas de como um príncipe deve agir perante seus súditos; ensina-os como cuidar de sua fortuna para não serem vistos como gastadores e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para se manterem ricos. Afirma que o líder deve ser cruel no sentido das penas com as pessoas; no entanto, deve ser brando no quesito material, pois ele cita que “as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda da herança”. Defende também que é melhor um príncipe ser temido do que amado – afinal, o amor e a amizade se vão com facilidade, porém, o medo de ser punido permanece independente de qualquer circunstância.
Argumenta que o príncipe deva ser dissimulado, porém, nunca deixar transparecer sua dissimulação. Ainda que ele não tenha certas qualidades, deva parecer piedoso; íntegro; religioso; e etc. E saber agradar ao