RESENHA DO LIVRO : O HOMEM QUE CONFUNDIU...
SACKS, Oliver. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 2ed. Rio de Janeiro: Imago , 1988
Oliver Wolf Sacks, nascido em 09 de julho de 1933, é um anglo-americano, biólogo, neurologista, escritor e também químico amador. Neste livro: O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, ele traz vinte e quatro casos neurológicos, descritos romântica e cientificamente. O livro é dividido em quatro partes sendo que na primeira ele aborda casos referentes á deficiências neurológicas gritantes, como ele se refere na p.127; na segunda parte, os excessos neurológicos; na terceira parte casos de percepção alterada: reminiscências e na quarta parte casos de pessoas inferiores intelectualmente, mas com capacidades de compreender o mundo como concreto sendo até mesmo talentosos. O autor se refere a estes casos de maneira empática, considerando a si mesmo como médico e naturalista, interessando-se ao mesmo tempo por doenças e pessoas. Não se refere aos casos como portadores de algum comprometimento neurológico apenas, mas acima de tudo como pessoas e como tais merecem atenção, respeito e compreensão. Segundo o autor “Para que a neurologia e a psicologia alcancem suas metas, é muito importante a essência do ser do paciente, pois a sua personalidade que está essencialmente envolvida e os estudos da doença e da identidade não podem ser dissociados.”(p.10)
O autor traz uma crítica quanto ao olhar patológico e deficitário que a teoria traz a respeito dos pacientes“Nossos testes, nossas abordagens, pensei, enquanto a olhava sentada no banco - apreciando não uma simples vista, mas uma visão sagrada da natureza-nossa maneira de ver, nossas “avaliações”, são ridicularmente inadequadas. Só revelam deficiências, e não capacidades; só nos mostram quebra-cabeças e esquemas quando precisamos perceber música, narrativas, movimentos livres, um ser se conduzindo a seu modo próprio e natural”. (p.172). O paciente sofre