Resenha do Livro a Filosofia da Ciência
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência. Introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1993.
Rubem Alves, escritor brasileiro, psicanalista e teólogo, nasceu em Minas Gerais na cidade de Boa Esperança em 1933.Já lecionou em universidade e atualmente se reúne semanalmente com um grupo chamado de canoeiros tendo em vista a leitura e interpretação de poesias. Em 1991 seu livro Filosofia da Ciência é publicado pela editora Brasilense.
“Antes de mais nada é necessário acabar com o mito de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor do que as outras.” (ALVES, 1993, p.11).
O principal tema abordado no livro é justamente essa desmitificação de que o cientista tudo sabe.
Nos primeiros capítulos, o autor tenta conceitualizar e exemplificar o termo ciência, contrapondo esses resultados ao senso comum. Uma leitura muito dinâmica com jogos, questionamentos e exemplos faz com que o leitor sinta-se inquieto quanto aos conceitos que antes habitavam sua mente, mas ao mesmo tempo uma simpatia em relação ao tipo de escrita do autor. Sua premissa principal é demostrar que a ciência nada mais é do que o senso comum refinado. Ele não especifica de forma concreta o que realmente viria a ser senso comum, porém ele compara os dois tipos de conhecimento de forma que passa a ser compreensível.
O terceiro capítulo coloca as diferenças que separam o senso comum da ciência de lado e argumenta que ambas estão em busca da ordem. Que se encontra presente nos mais primitivos níveis da vida. “Se não necessitássemos de ordem para sobreviver, não a procuraríamos. E é somente porque a procuramos que a encontramos.” (ALVES, 1993, p.37). Porém, os tipos de ordem diferem um pouco: o conhecimento popular trata do absurdo – religião, milagres, astrologia, magia. Cada mundo é lógico e coerente no ponto de vista próprio. Tanto a ciência quando o senso comum visam conhecer o mundo na sua forma própria para sua sobrevivência. O