Resenha Crítica do Livro A filosofia da Ciência
Ruben Alves, neste livro, aproxima um pouco a ciência e o senso comum. Ele diz que tanto o senso comum como a ciência procuram uma certa ordem. Ambos são expressões da necessidade de entender o mundo afim de viver melhor. Há também uma desmitificação do cientista, como sendo um ser superior aos demais. O cientista sofreu apenas uma hipertrofia das qualidades potencias que todas as “pessoas comuns” têm.
O livro esta dividido em onze capítulos, cada capitulo tem em média 20 páginas e cada um está divido em pequenos tópicos, definidos por uma letra seguida por um número.
No livro A Filosofia da ciência o autor tenta desmitificar a ideia de que tudo o que vem da ciência é uma verdade irrefutável e que tudo o que é científico está acima das pessoas comuns.
O autor defende que tanto o senso comum quanto a ciência são expressões da necessidade que as pessoas têm de compreenderem o que as cerca.
Ruben Alves prefere não definir o que é senso comum, contudo diz que senso comum é tudo aquilo que não é ciência, isto é, tudo o que usamos em nosso cotidiano. Por outro lado ele define a ciência como sendo uma parte do senso comum que sofreu uma espécie de hipertrofia, uma refinação.
O autor nos mostra que quando usamos o senso comum para resolver problemas do dia a dia, estamos agindo de um modo parecido com o que é usado na ciência. Em certos momentos surgem problemas, então começamos a imaginar um modelo ideal, isto é, um modo em que todas as coisas estariam em ordem, começamos a imaginar qual teria sido a causa do problema, testamos então nossas hipóteses. Não é preciso ser cientista para proceder desta forma.
Nós temos em nossa consciência o pressuposto de que tudo precisa está em ordem para poder funcionar corretamente. Esta noção de ordem que nós temos é de extrema importância, uma vez que é uma característica tanto do senso comum como da ciência.