Resenha do Livro "Nada de Novo no Front"
Erich Maria Remarque nasceu em 1898 na Alemanha. Em 1916 foi obrigado a abandonar os estudos universitários para servir o Exército alemão na frente de batalha. Com o fim da guerra tentou estabelecer-se em vários empregos e dedicou-se a escrita e ao automobilismo. Viu-se então como alguém que tinha algo a contar. Testemunha ocular da guerra em que tantos morrerem, decidiu dar sua contribuição para evitar outro conflito naquelas proporções escrevendo o pacifista Nada de novo no front, lançado em 1929. O êxito do livro logo se projetou em outros países e foi adaptado para o cinema, sendo considerado o melhor filme de guerra e contemplando o autor, que mesmo reconhecido mundialmente foi perseguido pelo nazismo. Naturalizado norte-americano, em 1958 casou-se com a famosa cinematográfica Paulette Goddard. Faleceu em 1970, na Suíça, onde já havia se exilado. Remarque transferiu para Nada de novo no front muito de suas impressões pessoais sobre a guerra. Tal como o autor, o personagem principal, Paul Baumer era um jovem de vinte anos, convocado para a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Rodeado pelo discurso patriótico de adultos e professores vai para as trincheiras sem saber ao certo o que isso significava. Neste ambiente, depara-se com vidas parecidas com a sua, que compunha a “Juventude de ferro”: jovens que deixaram paixões e o desejo de conquistar o mundo; que na guerra uniram-se pela “solidariedade firme e prática”; com capacidade de adaptação da melhor forma possível as situações; e que perderam a mocidade. Jovens de famílias humildes, que viram na guerra a primeira profissão de suas vidas e que se depararam com um futuro incerto e um passado muito curto para ser significantemente referencial para se retomar a vida. As incertezas da juventude misturavam-se as experiências que os transformavam em velhos (“duros, desconfiados, impiedosos, vingativos e brutais”), e a uma única