Massacre em Ruanda
Campus X – Teixeira de Freitas – Bahia
CURSO: Licenciatura em História SEMESTRE: 9º
DISCIPLINA: Tópicos em África III
DOCENTE: Ediane Zeferino
DISCENTE: Paulo Vinicius Brito dos Santos
RESENHA ANALÍTICA DO LIVRO “GOSTARÍAMOS DE INFORMÁ-LOS DE QUE AMANHÃ SEREMOS MORTOS COM NOSSAS FAMÍLIAS”
O presente trabalho visa analisar o livro “Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias”, de autoria de Philip Gourevitch, que trata da questão do genocídio acontecido entre os meses de abril de julho de 1994 em Ruanda - África. Em pouco mais de três meses, uma terrível onda de violência tomou as ruas de Ruanda provocando a morte de 800 mil tutsis e hutus moderados. É importante ressaltar que para se entender melhor como esse conflito se deu, deve-se voltar alguns anos no intuito de conhecer o processo colonizador pelo qual Ruanda passou, tendo como seu articulador imperialista a Bélgica. Os belgas foram os principais responsáveis pela divisão ruandesa entre hutus e tutsis (apesar de que esses já possuíam uma divisão, dado pelo fato de que os tutsis, que eram sua maioria criadores de gado e os hutus tinham como economia de subsistência atividades mais modestas, fazendo assim com que os tutsis fossem vistos de certa forma superiores aos hutus). Do ponto de vista cultural, tutsis e hutus partilhavam de uma série de similaridades por falarem a mesma língua e seguirem um mesmo conjunto de tradições. Contudo, quando os belgas chegaram à região, observaram que estes dois grupos étnicos se diferenciavam por conta de algumas características físicas. Geralmente, os tutsis têm maior estatura, são esguios e tem um tom de pele mais claro. De acordo com Gourevitch (1998, p.50) assim era conduzida a diferenciação pelos belgas entre tutsis e hutus:
Ainda assim, ao lado de seus lamentáveis “negros”, Speke achou uma “raça superior”, de “homens tão diferentes quanto possível da ordem comum dos nativos”, graças às suas