resenha do livro Mr Jones
Mr. Jones título do filme é também o personagem principal da trama tem como foco principal a abordagem do transtorno afetivo bipolar, transtorno conhecido anteriormente como Psicose Maníaca Depressiva. O Transtorno Afetivo Bipolar recebeu essa denominação por ser considerada uma perturbação afetiva, relacionada ao humor ou afeto não apresentando necessariamente transtornos psicóticos. Mr. Jones é um homem de 36 anos, charmoso, fascinante e envolvente que ao longo do filme alterna em quadros de euforia demasiada, com quadros de depressão e tristeza. Esta alternância euforia-depressão é o que caracteriza esta patologia. Ele vive em um ritmo acelerado, e age de forma extravagante nos períodos de hiperexcitabilidade, alternando com humor depressivo. Na fase maníaca, o paciente portador de Transtorno Afetivo Bipolar apresenta sinais e sintomas de resistência ao cansaço físico, aceleração do curso de pensamento, fuga de idéias, hipersexualidade, e irritabilidade. Já na fase depressiva os sinais e sintomas são humor depressivo, alterações de apetite e/ou do peso, e do sono, dificuldades de concentração e pensamentos de cunho negativo, incapacidade de sentir alegria ou prazer, redução da energia, agitação psicomotora ou lentificação, perda de interesse pelas atividades que antes lhe causavam prazer, cansam-se a toa e permanecem na cama por várias horas. O comportamento começa a estranhar quando ele intercala momentos de euforiacom enormes desesperos, o que leva a psiquiatra Elizabeth Bowen, representada por Lena Olin, a ajudá-lo. O filme aborda assuntos interessantes sobre identidade e como os diferentes estados de ânimo que enfrentamos são determinados por desequilíbrios químicos do cérebro. Nele, o personagem principal confronta sua psiquiatra diversas vezes afirmando que ele não é doente. E que a "doença" faz parte de quem ele é. A ausência do medo, também é um dos sinais deste transtorno, e fica evidente no filme