resenha do livro menina bonita do laço de fita

O livro com suas imagens e texto nos chama a atenção do início ao fim. Primeiro pela inpiração da autora que é sua própria filha caçula, que ela adorava enfeitar com laços na cabeça, dona de um brinquedo inseparável o coelho de pelúcia branco. Porém ao contário de nossa personagem sua filha, é bem branquinha o que também gerava brincadeiras por parte da família, já que todos tem o tom de pele mais escura. Mudando um pouco esse contexto, Ana Maria reinventou essa história colocando como personagem uma linda e graciosa menina negra que despertou a curiosidade e interesse de um coelhinho branco devido tamanha beleza. Ele admirava-a e sonhava em ter filhos com sua cor, mas não sabia como. Para isso passa a questioná-la e obtém diversas respostas da linda menina que passa a inventar coisas para se divertir: ela diz que tomou banhos de tinta preta, tomou muito café ou comeu muita jabuticaba. Ele tenta de tudo, porém em vão. Até que um dia a mãe da menina diante de tantas questões lhe conta a verdade, que isso é fruto de sua origem, sua avó era pretinha. Aí sim ele entendendo que precisava se casar com uma coelhinha preta, já que todos realmente parecemos com nossos parentes, foi em busca do que tanto queria. Se casa com uma linda coelha negra de lacinho no pescoço e passam a ter muitos filhotes de todas as cores. O texto trata do assunto com extrema sensibilidade e sutileza. Em um universo infantil e desprovido de maldade, fala das diferenças e diversidade das cores, da importância de reconhecer e valorizar essas diferenças. Para melhor visualização e ilustração o livro conta com imagens belíssimas de um chargista chamado