Resenha do livro Cazuza de Viriato Correa

Na leitura do livro “Cazuza” de Viriato Corrêa (Ed. Nacional. 37º edição, 1992), onde o autor transcreve as memórias do menino que deu título ao livro, podemos análise sobre a influência da escola na vida de uma criança do sertão e como os métodos pedagógicos mudaram.
Na primeira passagem do livro, Cazuza descreve o povoado onde morou com os pais até certa idade, chamado Pirapemas, às margens do rio Itapicuru, no Maranhão. Este povoado de gente simples, pacata, porém, muito conservadora e tradicional, era muito pobre, e segundo Cazuza, a melhor casa dali era a dele, casa grande, com vários quartos, recebia gente de todo lugar, como se fosse uma pensão, entretanto, como era costume do povo, não se aceitava pagamento pela estadia, era considerada uma desfeita para o dono da casa. Cazuza tinha grande admiração pelo pai, não tinha muito estudo, mas era muito inteligente e respeitado pelo povo sertanejo, para aquela gente, ele era muito importante. Naquele povoado, todos se conheciam e se tratavam como se fossem uma grande família.
A partir daí, Cazuza começa a contar sobre o seu interesse em freqüentar a escola, o primeiro motivo era o desejo de usar calças de menino, pois naquela época, tanto meninos quantos meninas usavam “vestidinhos rendados” enquanto pequenos. O segundo motivo foi o primeiro contato com a escola do povoado, fora levado a porta da escola, onde estava acontecendo a festa de final de ano, denominada “festa da palmatória”. A imagem da escola como sendo um lugar de alegria, agradável, e cheio de vida permaneceu-lhe na cabeça.
Finalmente chega o dia em que Cazuza vai à escola como aluno, porém, nesse momento desfaz-se a imagem positiva que ele tinha da escola. Cazuza descreve a escola com aspecto de prisão, “um casebre de palha” com apenas um grande salão de chão batido, paredes escuras, tudo muito sombrio, de mobiliário apenas a mesa do professor, bancos e mesas estreitas dos alunos e o quadro negro, o professor, sisudo e muito severo, a relação