Resenha do livro Apego em Desenvolvimento da Infância
O relacionamento afetivo entre mãe e filho começa antes de o bebê nascer. A aceitação da gravidez e a preparação para a chegada da criança são elementos que influenciam no estabelecimento do vínculo entre mãe e filho, que pode ser visto também como um mecanismo de proteção da espécie.
A sobrevivência e segurança do bebê dependem da mãe antes mesmo do nascimento. Com a evolução da gravidez, a sensibilidade em relação ao desenvolvimento do bebê aumenta, tanto que nos últimos três meses de gravidez, a mãe consegue identificar os períodos de atividade e repouso do feto.
O nascimento é um momento especial para o início da formação do vínculo. A mãe geralmente está ansiosa para ver o seu bebê e tê-lo em seus braços, portanto, as horas que antecedem o parto, o decorrer do parto e o pós-parto envolvem muita emoção. É o primeiro contato pele a pele e olho a olho entre mãe e filho e deve ser feito em um ambiente tranquilo e aconchegante.
Quando é recém-nascido, o bebê expressa suas necessidades através de gestos, movimentos e choro, que, no início, podem não ser adequadamente interpretados pela mãe e confundidos com manifestação de dor. Após algumas semanas, a mãe começa a entender melhor o significado destas manifestações. No entanto, a formação do vínculo requer tempo, amor e compreensão.
Manter-se próxima do filho é fundamental para formar e reforçar o vínculo afetivo. Presentes no dia a dia da relação da mãe com o filho, alguns elementos compõem e facilitam essa proximidade, como:
Amamentação: O toque dos lábios ou do corpo do bebê nos mamilos da mãe faz o nível de um dos hormônios produtores de leite, a prolactina, aumentar em 4 a 6 vezes no sangue da mulher. No entanto, o momento da amamentação não envolve apenas questões biológicas, pois a mãe pode transmitir amor, segurança e carinho, reforçando o laço emocional com seu filho.
Contato olho a olho: Ao nascerem, os bebês já são capazes de enxergar e