Resenha do Karnal
Ao terminar a leitura do livro, de Leandro Karnal, confesso que fiquei em dúvida quanto à forma de ser feita esse fichamento. Isto porque, diferente dos outros textos e de outros fichamentos, sobre o assunto, este não pareceu ser mais um grande livro com receitas milagrosas para um “bolo perfeito”. Encontrei sugestões muito claras. A simplicidade e a objetividade surpreenderam-me. Conversas com um jovem professor, trata-se de um diário aberto a todos os professores em início de carreira, no entanto, acredito que sirva, também, para os mais experientes como forma de reflexão ao trabalho realizado e/ou que vem sendo feito. Ao ler o livro, certamente, a pessoa irá se surpreender com algumas atitudes e experiências vividas pelo autor no decorrer dos seus trinta anos de magistério. Em seu livro procura falar de forma coloquial, de igual para igual, de modo direto e claro, com todos seus colegas de profissão, apresentando os erros e acertos cometidos em sala de aula e no convívio com os demais professores. A narrativa começa com uma breve descrição dos motivos que o levaram (juntamente com sua irmã, Rose Karnal) a escrever tal livro. Segue, posteriormente, enumerando fatos e exemplos das mais variadas situações encontradas em sala de aula. Para tanto, logo de início analisa, através de um ponto de vista prático, o que seria uma “boa aula” e conclui dizendo que para tal é necessário que haja o cruzamento de quatro linhas de força, ou seja: você, o conteúdo, as condições internas e externas, bem como, o próprio aluno. Entre outras coisas, avalia também o tom de voz empregado. Pois, segundo o autor, “ouvir alguém induz ao sono. E se esta voz for contínua e no mesmo tom o tempo todo, funciona como uma hipnose”. Nesse caso, o ideal seria sempre falar “mais alto” e “mais baixo”, de acordo com o que se quer transmitir. Adverte, nesse caso, para que a linguagem corporal do professor também seja apropriada e não transmita a