Resenha do filme a onda
É assim, a partir de um método interativo, que o professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel), um simpatizante do anarquismo na juventude, pretende explicar a seus alunos os conceitos de autocracia durante a semana especial escolar sobre os valores democráticos. E já na primeira aula, surge a pergunta que conduzirá toda a narrativa: há espaço para o ressurgimento de um regime autoritário na Alemanha moderna?
No decorrer de uma semana de aulas sobre o tema, professor e alunos criam o movimento A Onda, suas normas de conduta, um espírito de trabalho coletivo e de disciplina, seu logotipo, seu uniforme e até mesmo um gesto de saudação. Sem perceber que são tutelados pelo professor (agora chamado de Sr. Wenger) e que seguem tudo que ele ordena, o grupo recebe novos adeptos e passa a agir fora da sala de aula com atitudes de violência e propaganda ufanista.
Várias passagens do filme retratam ainda a vida pessoal de alguns personagens, evidenciando uma mudança geral de comportamento que tende à violência, à intolerância e a uma autoconfiança nata. Também o próprio professor se transforma. De um defensor das liberdades e pessoa amorosa com sua esposa, passa a um sujeito arrogante, com o ego inflado pelo sucesso do grupo e pela autoridade incontestável que adquiriu sobre seus alunos.
Após o aparecimento de distorções no comportamento do conjunto da classe, duas jovens rompem com o grupo e buscam alertar ao professor