Estação ecológica do taim
Desde antes da sua implantação em Julho de 1986, a Estação Ecológica do Taim recebe cientistas de várias partes do Brasil e exterior. O professor Tuiskon Dick, que chefiou durante anos as operações de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul(Ufrgs) no Taim, avalia que foram desenvolvidos mais de uma centena de trabalhos de doutorado e mestrado dentro da estação. Muitas espécies novas acabaram sendo descobertas pelos pesquisadores. A cada sistema de barreira-laguna, por exemplo, há uma espécie diferente de tuco-tuco, um roedor parecido com um ratinho, que vive nas dunas. A diferença entre eles é determinada pelos diferentes graus de evolução geológica.
A área da Estação Ecológica do Taim ficava na parte central de um antigo canal que ligava a Lagoa Mirim ao Oceano Atlântico. Hoje este canal está preenchido por banhados, lagoas, campos secos e várzea, matas de restinga e palustres, um extenso cordão de dunas e praias litorâneas. A combinação desses elementos cria uma riquíssima variedade de vida e um enorme potencial de alimento para o sustento da fauna. Na costa marítima vivem gaivotas, trinta-réis, andorinhas-do-mar, maçaricos, batuíras. Muitas destas aves são migratórias do Hemisfério Norte e do Sul e passam também pela Lagoa do Peixe, que fica ao norte do Taim.
Nos ecossistemas límnicos(banhados e lagoas), que ocupam cerca de 60% da estação, destacam-se