Resenha do filme Venus Negra
O racismo, a crueldade, desrespeito e falta de humanidade são predominantes em todo o decorrer do filme Vênus Negra. O longa conta a história de Saartjie Baartman. Mulher sul-africana que trabalhava como empregada em uma fazenda de holandeses próximo a Cidade do Cabo. Porém, recebe uma proposta de seu patrão para exibir seu corpo na Europa, e com isso ganhar muito dinheiro. Saartjie era apresentada em espécies de “freak shows” em Londres. Onde se passava por uma mulher selvagem de origem africana. E era apresentada pelo nome de Vênus Hotentonte, uma referência a deusa romana do amor e da beleza, e também ao povo Khoi, na qual ela pertencia. Nestas apresentações, era presa pelo pescoço e fazia o que seu patrão ordenava e fingia atacar as pessoas da platéia. E, ainda era permitido pelo homem, que a tocassem as nádegas ao final da apresentação. Parte que mais chateava Saartjie. O filme mostra duras imagens do começo ao fim. São duas horas e quarenta minutos onde vemos a tristeza da vida de Saartjie, e como o racismo, o preconceito e a ganância pelo dinheiro podem destruir a vida de uma pessoa.
Após as exibições em Londres causarem escândalo e o caso ser levado a julgamento, onde o patrão de Saartjie era acusado por crueldade e escravidão. Porém, logo mais arquivado devido a declarações de Saartjie que era sócia do homem e não escrava, e que não sofria nenhum tipo de mal trato. Logo após este fato, a sul-africana é vendida à um francês, que mais uma vez vê a possibilidade de enriquecimento fácil. E começa a ser apresentada em Paris, onde os shows começam a ser muito mais cruéis e mais humilhantes. Ela é obrigada a se apresentar nua, e além de entreter a alta sociedade francesa, lhes tirar a curiosidade a respeito de sua anatomia, que possuía “características inusitadas” devido a sua origem africana. Após as exibições em Paris, Saartjie desperta também a atenção do naturalista Georges Cuvier, que faz um