Resenha do filme: Um golpe do destino
Riane Samagaio Timo de Oliveira
Título do filme:
Um golpe do destino
Brasília, fevereiro/2015
Corpo da Resenha
O filme relata algumas fases da vida pessoal e profissional de um médico cirurgião, que inicialmente se comporta de forma insensível com os seus pacientes, tratando a doença e não o doente, o que sugere uma postura fria, capaz de refletir o mal relacionamento com seus pacientes, efeito esse, que irradia também para o seu relacionamento conjugal e paternal. A abordagem da relação médico paciente, surgiu junto com a medicina hipocrática, onde a atenção era dispensada a pessoa e não a doença, o que pode interferir não só na satisfação durante a visita, mas também na adesão ao tratamento1, além disso, a comunicação entre o paciente e o profissional torna-se um ponto essencial para os pacientes se sentirem satisfeitos com a atenção de saúde recebida 2.
O médico dedicava-se ao trabalho e não tinha tempo para a esposa e nem para o filho, consequentemente, a família não desenvolveu a cultura do diálogo entre si. Dr. Mackee era muito prático e objetivo em suas decisões e atividades, até que se tornou doente, com um tumor de laringe e nesta condição, sentiu-se constrangido em ter que se comportar como paciente, bem como ter que sentar na cadeira de rodas para ser transportado no interior do hospital. Também demonstrava-se impaciente com a demora do atendimento e outros procedimentos burocráticos. Na verdade, as pessoas em geral, experimentam esses desprazeres, especialmente quando fazem visitas médicas ou a serviços de saúde. 2
Tal era o desencontro em suas relações, marcado pelo momento em que ele, Dr. Mackee, comunicou ao filho sobre sua doença e o filho não sabia como se comportar, diante de uma notícia ruim, preferindo então, deixar o pai sozinho.
O impacto desta enfermidade foi grande e trouxe conflitos, especialmente quando o Dr. Mackee, na condição de paciente, tentava