Resenha do filme "Todos os homens do presidente"
Todos os homens do presidente
FICHA TÉCNICA
Título original: All the President’s Men
Lançamento: 1976 (EUA)
Direção: Alan J. Pakula
Atores: Dustin Hoffman, Robert Redford, Jason Robards, Jack Warden
Duração: 138 min
Gênero: Drama
Em 1972, nos Estados Unidos, estourou o caso Watergate. Um dos maiores escândalos de corrupção da história norte-americana, o caso, inicialmente caracterizado por um assalto à sede do Comitê Democrata, no Edifício Watergate, levou à renúncia do presidente da época, Richard Nixon, que tentava se reeleger. Robert Woodward (Robert Redford) e Carl Bernstein (Dustin Hoffman), jornalistas do The Washington Post, desvendaram esse caso, tornando-o público aos leitores do jornal.
O caso virou livro (Todos os homens do presidente), escrito em 1974 pela dupla do jornal norte-americano. Dois anos depois, a obra foi adaptada para o cinema.
A maneira como os dois jornalistas foram desvendando o caso é bastante abordada em “Todos os homens do presidente”. Os fatos não surgiam de maneira fácil para a dupla Woodward e Bernstein. Os repórteres tiveram de agir muitas vezes como agentes inteligentes, fazendo um trabalho minucioso em busca da informação.
Um dos recursos utilizados é o diálogo, muito usado com a principal fonte dos jornalistas: o “Garganta Profunda”, que teve, durante muitos anos, sua identidade desconhecida – sendo revelada em 2005: W. Mark Felt, ex-presidente do FBI. Sem mostrar o rosto, Garganta Profunda dava informações muitas vezes sigilosas e comprometedoras aos jornalistas, que, juntando esses dados com outros, chegavam a evidências. Além de Garganta Profunda, os jornalistas faziam uso do diálogo com outras pessoas, como funcionários e ex-funcionários de órgãos públicos.
Outra maneira de obter informações é observar o comportamento da fonte diante de uma pergunta cuja resposta lhe comprometeria. Além de ser persistente, Bernstein intimidou-se diante desse tipo