Resenha do filme “diários de motocicleta”

Resenha do filme “Diários de motocicleta”

Walter Salles, o diretor de “Diários de Motocicleta” diz que seu filme é “A história de dois jovens que descobrem um mundo que não conheciam”. Esses jovens eram Ernesto Guevara (conhecido, hoje, como Che) e Alberto Granado, dois jovens que estudavam medicina e bioquímica. O mundo que eles não conheciam estava bem perto deles, eles viviam nele, mas só com uma viagem pela América Latina – que tinha o intuito da diversão- perceberam o que sempre os rodeou.
O filme se passa em 1950. Nessa época a América Latina era o “quintal dos Estados Unidos”. Ela era formada por países pobres e governos ditatoriais e autoritários, os EUA se aproveitavam de sua dependência econômica e controlava (em todos os sentidos) a Latino-América.
Viajando pelo Peru, Bolívia, Chile e Argentina, os dois amigos perceberam a triste realidade do seu continente; Viram a pobreza humana, homens que idealizavam o comunismo, como forma de sair daquela realidade, a situação deplorável dos leprosos de San Pablo, etc.
No filme percebemos a existência clara de dois mundos: o de dois jovens de classe média e das populações latinas trabalhadoras e pobres, dos leprosos de San Pablo e dos médicos que cuidam deles, que são separados por um rio. Rio este, que no fim do filme Che atravessa.
Ao longo do filme, os jovens começam a se identificar com a causa revolucionária e se sensibilizam coma situação dos trabalhadores latinos, o que mostra a transformação de Ernesto Guevara, um estudante de medicina de classe média, para Che Guevara, o revolucionário da Revolução Cubana que iria mudar a realidade de toda a América Latina (que posteriormente seria chamada pelos EUA de “estreito do mau”), é a formação do