Resenha do Filme Black 2
O filme retrata o processo de aprendizagem de uma jovem com deficiência auditiva e visual sob a tutela fundamental de seu dedicado professor. Durante esse processo, a relação entre professor e aluna se torna vital. Até o momento em que o mestre passa ser diagnosticado com a doença de Alzheimer e percebemos a inversão de papeis, entre aluna e professor.
A personagem principal é Michelle, que com poucos meses de vida é descoberta por uma doença que a deixa surda e cega, sua família apesar de ter recursos financeiros não sabe como lidar e ensinar a criança a se comunicar. Essa falta de estímulos para que houvesse um início de aprendizagem atrasou por completo o desenvolvimento da menina, a mesma vivia sob a privação dos canais primordiais de recepção de mensagem de um ser e precisava desenvolver outras potencialidades do corpo para produzir uma relação de troca de comunicação. Sua escuridão era como uma prisão, onde apenas os instintos eram dominantes em sua vida. O melhor exemplo apresentado no filme é que ao sentir fome ela passava as mãos sobre a mesa, até achar algo para se alimentar, sem ter convívio social ou reconhecer objetos. Esse fato nos leva a pensar sobre todas outras ações de pessoas na mesma condição de Michelle, ações estas que estão ligadas a dificuldade de reconhecer o significado dos objetos ou de comportamentos. El a estava tão só com seus próprios estímulos, que a família a tratava com um animal de estimação, a única que tentava lidar com essa situação e a ensinar a jovem as expressões de sua face era sua mãe, pois seu pai muito rude e sem paciência agredia a menina, pois não tinha conhecimento e não conseguia se comunicar com a menina. O contato inicialmente brusco e disciplinar do professor mostra para a menina, pela primeira vez a noção de regras e a representação dos objetos e do meio através do toque. Com necessidade de desenvolver outras potencialidades, o aprendizado sensorial foi o caminho para a